Categoria: Profecias

  • Yeshua: o Colapso Quântico da História

    “Antes que Avraham existisse, Eu Sou.” — João 8:58


    O Tempo, o Observador e o Mistério

    Na física quântica, o tempo deixa de ser uma linha rígida — passado, presente e futuro tornam-se dimensões que se entrelaçam sob a influência do observador.


    O simples ato de observar colapsa a função de onda, transformando possibilidades em realidade.

    De modo análogo, nas Escrituras, a história humana é um campo de possibilidades espirituais que colapsa no Messias.


    Yeshua é o observador divino que entra na criação e redefine o sentido de toda a existência.

    “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (João 1:1)

    A Encarnação não é apenas um evento temporal; é o ponto de intersecção entre o eterno e o temporal.


    Em Yeshua, o tempo se curva, e a vontade eterna de Deus se manifesta de dentro da criação.


    O Experimento da Escolha Retardada e a Redenção Eterna

    experimento da escolha retardada de Wheeler mostra que uma decisão feita no presente pode influenciar o comportamento de uma partícula como se ela já soubesse o futuro.


    O Messias cumpre esse mesmo princípio em escala cósmica.

    “O Cordeiro foi morto desde a fundação do mundo.” (Ap 13:8)

    O sacrifício de Yeshua, ocorrido em um momento histórico, retroage espiritualmente à origem do mundo, alterando a própria estrutura do tempo espiritual.


    Adão, Avraham, Moshe e os profetas passam a existir dentro de uma realidade reconfigurada pela cruz — uma “retrocausalidade divina”, em que o futuro redime o passado.

    O Zohar ensina que toda a criação foi formada em antecipação ao Justo (Zohar, Bereshit 6b), e que a luz do Messias precede o mundo (Zohar, I, 31b).


    Assim, antes mesmo da queda, a reparação (tikkun) já estava inscrita na estrutura da existência.


    O Messias como o Observador Divino

    Em física quântica, o observador não é passivo — ele determina a realidade que se manifesta.


    No plano espiritual, Yeshua é o olhar de Deus dentro do tempo.
    Ele é o Verbo que observa, interpreta e dá forma à criação.

    “Tudo foi feito por intermédio dEle, e sem Ele nada do que foi feito se fez.” (João 1:3)

    Tanya (cap. 36–37) explica que o propósito da criação é que o Infinito (Ein Sof) habite nas dimensões inferiores — ou seja, que o Divino se manifeste na matéria.


    Yeshua é esse propósito realizado: o olhar do Eterno encarnado, colapsando a dualidade entre céu e terra.


    A Decisão que Reescreve o Tempo

    No momento em que Yeshua entrega o espírito e diz “Está consumado” (João 19:30), o universo inteiro é reorganizado.


    É o instante em que o “campo quântico espiritual” colapsa na linha de redenção.

    “Eis que faço novas todas as coisas.” (Ap 21:5)

    A partir desse evento, a história deixa de ser apenas linear — passa a ser interpretada sob uma ótica messiânica.


    Cada profecia, cada geração, cada ato humano passa a se alinhar com o eixo Yeshua: o ponto fixo do tempo eterno.

    No Zohar (Vayikra 106a), está escrito que “quando o Justo se manifesta, o mundo se sustenta sobre ele e o tempo se renova”.


    Essa é a essência do colapso quântico: o Justo redefine o fluxo do tempo.


    O Passado, o Presente e o Futuro em Unidade

    O apóstolo Pedro expressa isso dizendo que, em Yeshua, “mil anos são como um dia, e um dia como mil anos” (2Pe 3:8).


    Na eternidade, não há separação entre antes e depois — tudo está presente diante do Eterno.

    Yeshua é o presente eterno de Deus.


    No Templo celestial, Seu sacrifício não se repete, mas permanece; o sangue fala continuamente (Hb 12:24).


    Ele é o colapso da história — o ponto onde todas as linhas temporais convergem e se reconciliam.


    O Colapso Quântico da Alma

    Assim como o universo colapsou em redenção, cada alma precisa viver seu próprio colapso — o momento em que as possibilidades se alinham à vontade do Criador.


    Quando alguém reconhece Yeshua, o passado é redimido, o presente é santificado e o futuro é revelado.

    “Se alguém está em Mashiach, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2Co 5:17)

    A física descreve o colapso da onda; a fé vive o colapso da separação.


    O Messias é a convergência entre ciência e mistério, entre o Ser e o tempo.

    “O verbo se fez carne e habitou entre nós” — é o colapso quântico da história, onde o infinito toca o finito e o passado é restaurado pela luz do eterno agora.


    Conectando:

    Conceitos místicos judaicos (Zohar, Tanya, e o pensamento hassídico).

    Princípios da física quântica (retrocausalidade, colapso da função de onda, tempo não linear);

    Revelações bíblicas (desde Gênesis até Apocalipse);

    Shalom Aleichem!

  • Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis.

    “Vinde após mim e vos farei pescadores de homens”

    Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis.”Vinde após mim e vos farei pescadores de homens”

    Graça e paz, irmãos e amigos. Shalom, shalom.

    A frase “Vinde após mim e vos farei pescadores de homens” foi dita por Yeshua (Jesus) e está registrada nos Evangelhos, especificamente em Mateus 4:19 e Marcos 1:17. Esse convite foi feito aos irmãos Pedro e André, pescadores, enquanto lançavam redes ao mar.

    “Pescadores de homens”

    Um símbolo poderoso: assim como pescadores tiram os peixes do mar, os discípulos trariam pessoas das “águas” do mundo para a vida no Reino de Deus.

    Essa metáfora conecta a vocação natural deles (pescar) com a missão espiritual que Yeshua lhes daria.

    Jeremias 16:16: “Eis que mandarei muitos pescadores, diz o Senhor, e eles os pescarão…”

    Aqui, Deus fala de “pescadores” como agentes de Sua obra.

    Agora, vamos analisar mais a fundo essa analogia, que marca o início do cumprimento de uma profecia que provavelmente Jacó já havia vislumbrado.

    Gênesis 48

    Jacó, já idoso e perto da morte, é informado de que José trouxe seus dois filhos, Manassés e Efraim, para que fossem abençoados (versículo 1).

    Jacó adota os dois filhos de José como seus próprios, dizendo:

    “Agora, os teus dois filhos, que te nasceram na terra do Egito, antes que eu viesse para cá, são meus; Efraim e Manassés serão meus, como Rúben e Simeão.” (Gênesis 48:5)

    Isso eleva Efraim e Manassés ao nível dos outros filhos de Jacó, garantindo-lhes herança entre as tribos de Israel.

    Por isso eles aparecem muitas vezes entre os 12 filhos de Jacó.

    Quando Jacó vai abençoar os meninos, ele cruza os braços, colocando a mão direita sobre a cabeça de Efraim (o mais novo) e a esquerda sobre Manassés (o mais velho). Isso surpreende José, que tenta corrigir Jacó, mas ele responde:

    “Eu sei, meu filho, eu sei. Ele também se tornará um povo, e também será grande; contudo, o seu irmão mais novo será maior do que ele, e a sua descendência será uma multidão de nações.” (Gênesis 48:19)

    Veja bem, Efraim será maior, serão muitos.

    A descendência de Efraim, será como uma multidão de nações. “Goyim” (גּוֹיִם): É a palavra hebraica usada para “nações” no plural. No singular, seria “goy” (גּוֹי), que literalmente significa “nação” ou “povo”.

    “Melo-ha-goyim” (מְלֹא־הַגּוֹיִם): Traduzido como “plenitude de nações ou gentios”. A expressão sugere uma multiplicação abundante, indicando que a descendência de Efraim seria tão vasta que englobaria muitas nações.

    “Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério, para que não sejais sábios aos vossos próprios olhos: que o endurecimento parcial de Israel durou até que a plenitude dos gentios tenha entrado. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: ‘Virá de Sião o Libertador; ele afastará de Jacó as impiedades.’” Romanos 11:25-26

    A palavra “goyim” (גּוֹיִם) é comumente traduzida como “gentios”, mas o seu significado original no hebraico é mais amplo e simplesmente significa “nações” ou “povos”

    Isaías 60:3: “E as nações (goyim) caminharão à tua luz…”

    Jacó abençoa os dois, dizendo:

    “E abençoou a José e disse: O Deus, em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou, desde que eu nasci até este dia, o Anjo que me livrou de todo o mal, abençoe estes rapazes; e seja chamado neles o meu nome e o nome de meus pais Abraão e Isaque; e multipliquem-se, como peixes em multidão, no meio da terra.” (Gênesis 48:15-16)

    Nessa passagem temos pelo menos 3 pontos muito importantes e proféticos, que vamos abordar nesse estudo.

    1 – Efraim, que será muitas nações, multidões de gentios.

    2 – Jacó coloca a benção da premogenitura sobre ele, usando a mão direita.

    3 – Multiplicará como peixes em multidão.

    Vamos relembrar agora o que ocorre em Israel depois dessas coisas.

    1 – Primeiro rei de Israel, Saul

    2 – Segundo rei de Israel, Davi

    3 – Terceiro rei de Israel, Salomão

    Após a morte de Salomão, o reino de Israel se divide em dois: o Reino do Sul, liderado por Judá e também por Benjamim, e o Reino do Norte, liderado por Efraim, junto com as outras dez tribos de Israel.

    Nas Escrituras, o Reino do Norte é chamado de Casa de Israel, e o Reino do Sul, de Casa de Judá.

    Após essa divisão, a Casa de Israel (Efraim) cai em idolatria, adorando outros deuses e se afastando do Criador. São então dominados pelos assírios.

    A Casa de Judá, também transgride a Torah, e é levada cativa para Babilônia.

    Mais tarde, todos eles acabam sendo dominados por Babilônia.

    Dentro desse contexto de divisão entre o Reino do Norte e o Reino do Sul, Deus levanta profetas como Jeremias, Isaías e outros, para anunciar uma nova aliança.

    Essa nova aliança, que conhecemos através de Yeshua, afirma que Deus colocaria Sua Lei no coração de Israel e Judá, e que Ele seria o seu Deus, e eles seriam Seu povo.

    Jeremias 31:9:

    “Com choro virão, e com súplicas os farei voltar; conduzirei-os pelos rios de águas, por um caminho plano em que não tropeçarão, porque eu sou para Israel como pai, e Efraim é o meu primogênito.”

    Jeremias 31:31-33:

    31 “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que farei uma nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá;

    32 não conforme a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão para os tirar da terra do Egito, a qual eles quebraram, embora eu fosse o seu marido, diz o Senhor.

    33 Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”

    Essa profecia é confirmada como a nova aliança em Hebreus 8:8-12 e também em Hebreus 10:16-17.

    Ela também é mencionada por Ezequiel (Ezequiel 36:26-27), que fala sobre colocar o Espírito de Deus no coração deles, a fim de que guardem Seus estatutos e juízos.

    Esse é justamente o entendimento que o apóstolo Paulo tem sobre o cumprimento profético através do Messias: agora, pelo Espírito, a Lei será revelada, não apenas escrita, mas Deus mesmo ensinará aos corações a Sua Lei.

    Por isso, Yeshua diz: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita. As palavras que eu vos disse são espírito e vida.” (João 6:63)

    Agora, o que tudo isso tem a ver com pescaria?

    Quando Yeshua chama Seus discípulos, Ele vai ao encontro de dois pescadores, Pedro e André.

    Pedro e André estavam pescando naquele dia, mas não haviam pescado nenhum peixe (Lucas 5:1-11).

    Yeshua instrui-os a lançar as redes.

    “5 Simão (Pedro) respondeu-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei as redes.”

    “6 E, fazendo assim, pegaram grande quantidade de peixes, e as redes se rompiam.

    7 Então fizeram sinais aos companheiros no outro barco, para que os ajudassem, e vieram e encheram ambos os barcos, a ponto de quase a naufragar.”

    “(…) todos os que com ele estavam, 10 igualmente de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão.”

    Lembram-se dos três pontos importantes que mencionei sobre a bênção de Jacó a Efraim?

    1 – Efraim, será muitas nações, multidões de gentios.

    2 – Jacó coloca a benção da premogenitura sobre ele, usando a mão direita.

    3 – Multiplicará como peixes em multidão.

    Vamos ver uma outra pesca, citada em João 21

    João 21:6:

    “Ele lhes disse: Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis. Lançaram, pois, e já não podiam puxá-la, pela grande quantidade de peixes.”

    A pesca descrita em Lucas 5:4 e em João 21:6 não é a mesma, embora ambas envolvam milagres de pesca feitos por Yeshua (Jesus). Elas têm algumas semelhanças, mas ocorrem em momentos diferentes e com contextos distintos.

    Em Lucas 5:4-11 ocorre no início do ministério de Yeshua.

    Em João 21:6 ocorre após a ressurreição de Yeshua, quando os discípulos já estavam familiarizados com Ele, mas ainda estavam tentando entender totalmente o significado da ressurreição.

    O foco está na restauração de Pedro e na reafirmação da missão de alimentar as “ovelhas” de Jesus (João 21:15-17).

    Observe que há uma diferença entre as duas pescarias. Na primeira, Yeshua não indica o lado para lançar as redes.

    Já na segunda, Ele aponta para o lado direito.

    Na primeira pesca, há uma grande quantidade de peixes, sem distinção entre os peixes puros (aqueles com escamas e barbatanas) e os peixes impuros.Na primeira as redes se rompem.

    Na segunda pesca, já vemos uma contagem precisa dos peixes.

    João 21:11:

    “Simão Pedro subiu e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos, a rede não se rompeu.”

    Com base na interpretação desses textos, que não são nada simples, mas sim profundos, espirituais e proféticos, sem dúvida nos lembramos de Efraim.

    Afinal, a nova aliança trata da restauração das casas de Israel e Judá.

    Mateus 15:24:

    “Ele, porém, respondendo, disse: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.”

    Yeshua veio para as ovelhas perdidas da casa de Israel, ou seja, Efraim, as tribos dispersas de Israel.

    A parábola do filho pródigo refere-se justamente a essa ovelha, Efraim.

    O ciúme do filho mais velho, diante do retorno do filho mais novo (Efraim), representa a reação daqueles que nunca se afastaram da Lei de Deus, em contraste com aqueles que estão voltando para a Lei.

    Aqueles que retornam à Lei, assim como o filho pródigo, recebem um anel, simbolizando a nova aliança, vestes novas e calçados nos pés. A menção ao bezerro cevado representa o sacrifício, refletindo até mesmo o sacrifício do Messias.

    A primeira pesca está relacionada aos convidados para a grande festa, enquanto a segunda pesca simboliza a separação dos peixes puros. Os convidados (Mateus 22:1-14) que não estavam devidamente vestidos foram expulsos dessa festa.

    A parábola do servo que só faz o que lhe é pedido está diretamente relacionada àqueles que buscam obedecer apenas ao que acreditam ser necessário para a salvação, enquanto as virgens prudentes representam aqueles que guardam azeite além do necessário para suportar os tempos difíceis, estando preparadas e devidamente vestidas, assim como o filho pródigo após seu retorno. Tudo isso se relaciona à obediência por amor, aquele amor que vai além do mínimo exigido. É o amor que se entrega por inteiro, como um marido ama sua esposa, como Yeshua amou Sua igreja e deu a vida por ela. É o amor que faz mais do que é pedido, que se entrega totalmente, contrastando com o amor morno, sem graça, de quem faz apenas o básico, que não está devidamente vestido.

    Agora, lembre-se da multiplicação dos pães e dos peixes, e das tantas outras parábolas que o Messias ensinou, como a do chamado para que Deus envie mais trabalhadores. Toda essa comissão tem um propósito único: ir até as ovelhas perdidas da casa de Israel, que estão espalhadas por toda a terra. Não importa que, entre elas, haja peixes impuros ou joio no meio do trigo; o que importa é que elas ouçam a voz do Messias e a verdadeira sã doutrina, elas ouvirão a voz do Messias, acredite. Por isso, fale a verdade para os irmãos.

    Em 1948, a casa de Israel é restabelecida, e israelitas de todo o mundo começam a retornar à sua terra.

    Estamos em 2025, o que significa que isso ocorreu há cerca de 77 anos.

    Uma geração dura de 70 a 80 anos, segundo as Escrituras (Salmo 90:10).

    Todas as coisas preditas por Yeshua estão se cumprindo nesta geração, e o tempo está se esgotando.

    Na contagem dos anos bíblicos, estamos em 5785. Todos os sábios concordam que a era da criação se completará aos 6000 anos. Sabemos que, na diáspora, há aproximadamente 200 anos que não são contados, o que pode afetar a exatidão da contagem. Com isso, ao subtrair 5785 de 6000, restam até 215 anos até a volta do Messias, que pode ocorrer a qualquer momento, e está muito breve.

    Mateus 24:32-33:

    “Aprendei, pois, a parábola da figueira: Quando já seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós, quando virdes todas essas coisas, sabeis que ele está próximo, às portas.”

    Voltem para casa, Israel. O tempo é hoje. A Torah é eterna, luz para os pés, santa, e o mandamento é justo e bom. Yeshua é o Messias de Israel, e não aquele que usa vestes romanas.

    João 8:31-32 Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.

    Rafael Ramos para a página Usina da Torah – Yeshua

    Shalom aleichem!